terça-feira, 15 de setembro de 2009

"a dor que deveras sente."

dor?
não é pra tanto assim.
Ninguém mais sofre por amor hoje em dia,
a fila sempre há de andar, como muitos falam.
se bobear, é bem capaz de muitos nem saberem o que é amor deveras.
paixão?
a cada segundo pode se arrumar uma, seja material ou corporal,
é tão rápida no inicio quanto no final.
Ela acaba, não deixa marcas, nem sinais ,
a paixão só deixa pra trás
aqueles momentos de tesão, toque, falas sem nexos, orgasmos.
É como uma criança que enjoa do brinquedo
talvez porque encontrou um outro melhor.
paixão é fogo.
amor também, por que não?
Sábios são aqueles que conseguem amor e paixão
num contexto muito mais agradável,
quanto o amor morno repleto de rotina sozinho,
ou a paixão com toda a luxúria pra te enfeitiçar.

Levar os dois é a melhor opção, acredite.

nem sei porque escrevi isso,
vá entender.
"não quero ser
o mais vendido,
nem quero falar
só com o seu ouvido,
eu quero entrar no seu coração;
nem quero falar só de amor".


Dia nublado sim,
essa é a terça feira mais sem graça do ano;
bateu uma sensação de vazio que me cobre feito cobertor,
mas eu fico parada, não faço nada que reverta.
curto a fossa, curto o frio, curto o vazio, curto o silêncio.
perdi as forças de lutar com os dias e brigar com o tempo,
são mais fortes do que a minha sede de viver o tempo todo e a toda hora.
hoje devo ter falado uma ou duas frases com alguém pessoalmente,
meu amor me ligou, reclamei da vida como de costume e nada fiz após desligar.
acho que o meu cansaço se transporta pra ele como se eu me esvaziasse após seu telefonema,
mas logo após meu suposto saco enche; casa vazia, alma vazia, silêncio.
vim pra cá relatar o quão vazia me torno em segundos,
e depois me transbordo de sensações,
as quais só eu consigo descrever, sentir ou dizer.

é bem assim,
mistura de solidão, silêncio, chatice,
e intolerância.
É...
Hoje eu não tô bem,
que terça feira mais escrota!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

juventude.
mal ou virtude?
não sei o que quero pra vida,
muito menos o que ela espera de mim,
enquanto isso espero,
e observo ela decidir.

não sei se o que amo
é pra ser realmente meu,
não sei o que sou,
só sei como ser eu.

não sei,
não sei não sei.


como saber se eu não tenho controle exato
do que é passado ou o que se tornará futuro.

estagnei,
não sei.


o que se pode falar melhor hoje em dia senão a arte de reconhecer sentimentos que,
supostamente antes eram inalcançáveis,
e no hoje se tornam cotidianos,
coisas diárias e bonitas,
coisas raras;
se tornam momentos fáceis que se dizem na vida indispensáveis.
enfim, o que se pode fazer é agradecer e questionar:
até quando durará?
quando acabará? porque? como? aonde? em quais circunstâncias?
porque quando se é amor,
o medo do fim assombra a tudo e todos
que inevitavelmente se tornam:
frágeis apaixonados.
( enquanto sou atacada por mosquitos, minha mente coça).